Associe-se
Notícias

Pesquisa do STM mostra que consumo de drogas avança nos quartéis

Maior incidência é entre jovens com menos de 21 anos, solteiros e recém-recrutados. Maconha é o tipo mais comum, mas há aumento de usuários de crack e cocaína, mesmo entre oficiais. Correio Brasziliense publicado em 04/11/2015 às 12:11  —  atualizado em 04/11/2015 às 12:19

Em pesquisa inédita, o Superior Tribunal Militar (STM) divulgou dados que revelam ocorrências de tráfico e uso de drogas ilícitas envolvendo membros das Forças Armadas, inclusive oficiais. O estudo mostra que, entre 2002 e 2012, houve um aumento de 200% nas ocorrências, que subiram de 64 para 192 casos. O perfil dos envolvidos é representado, principalmente, por soldados temporários ou recrutas, chegando a atingir 95% dos registros.

 

Ao todo, mais de 18 mil crimes foram apurados no período pelo Centro de Estudos Judiciários da Justiça Militar da União (Cejum). Apontado como quarto crime mais comum, o tráfico, uso ou porte de entorpecentes representa 7,1% dos crimes, totalizando 1.355 casos. Para o ministro general do Exército e coordenador geral da pesquisa, Fernando Sérgio Galvão, o número de crimes relacionados a substâncias entorpecentes vem crescendo de forma alarmante nos últimos anos. Ele destaca que o aumento das ocorrências é reflexo do aumento do consumo de drogas na sociedade civil

 

A pesquisa também indica que 95% dos militares apreendidos são soldados temporários ou recém-recrutados pelo sistema de alistamento obrigatório, solteiros e na faixa de 18 a 20 anos. O ministro não entende que isso signifique um erro no sistema de recrutamento. “Todo ano são incorporados cerca de 100 mil recrutas às Forças Armadas. Outras pesquisas apontam que os nossos jovens estão aumentando o consumo de drogas e levam isso para dentro do quartel. Isso é reflexo da nossa realidade.”

 

Normalmente encontrada em pequenas porções, no uniforme ou armário dos envolvidos, a droga que lidera o ranking é a maconha, apreendida em 81,6% dos casos apurados. Entretanto, a pesquisa revela uma preocupação maior para a Justiça Militar: nos últimos anos houve uma redução nos casos que envolviam o entorpecente e um aumento de ocorrências que envolviam cocaína e crack.

 

A pesquisa também separou o índice dos crimes por região, A 3ª CJM (Circunscrição Judiciária Militar), no Rio Grande do Sul, é a que proporcionalmente tem o maior número de casos registradas, levando em conta o contingente militar. Bahia e Sergipe são as unidades da Federação que apontaram o menor índice de ocorrência.

 

 

FONTE: Correio Braziliense

 

 

FONAP © 2025 — Todos os direitos reservados
Seu IP  →  216.73.216.24
ver no mapa Sede Principal - Brasília - DF Edifício OAB - Setor de Autarquias Sul, Quadra 5, Lote 2, Bloco N, 7º Andar, Sala 704
CEP: 70070-913
(61) 98190-9193
(61) 99819-3190
Ao lado do Conselho Federal da OAB